terça-feira, 7 de dezembro de 2010

domingo, 28 de março de 2010

Crianças interactivas

PEQUENOS E TERRÍVEIS

Não sossegam um minuto nem dão um minuto de descanso a quem as rodeia.
Parecem ligadas à corrente, alimentadas por uma fonte inesgotável de energia, de tal modo que deixam pais e professores à beira de um ataque de nervos.
São assim mesmo as crianças hiperactivas, ou seja, que sofrem de Desordem por Défice de Atenção com Hiperactividade (DDAH), expressão utilizada, pela primeira vez, em 1994 pela Associação Americana de Psiquiatria.
Foi, então, definida como caracterizando-se por "um padrão persistente de falta de atenção e/ou impulsividade, com uma intensidade que é mais frequente e grave que o observado habitualmente nos sujeitos com um nível semelhante de desenvolvimento".
Em termos práticos, uma criança com DDAH manifesta na sua actividade diária comportamentos em que a actividade motora é muito acentuada, inadequada ou excessiva.
São crianças que têm muita dificuldade em permanecer no seu lugar, que se mexem ou baloiçam continuamente, que mantêm um relacionamento difícil com os colegas, intrometendo-se nas suas brincadeiras.
Mas, atenção, nenhuma destas manifestações deve ser confundida com má educação. E o facto de uma criança ser muito irrequieta e exuberante não significa, necessariamente, que seja hiperactiva.

UM SÉRIO OBSTÁCULO À APRENDIZAGEM

Normalmente, é quando a criança começa a frequentar a escola que o problema se detecta, na medida em que os sintomas de que se faz acompanhar podem constituir um sério obstáculo à aprendizagem.
É preciso ressalvar que a hiperactividade não constitui, em si mesma, um problema específico de aprendizagem, mas pode dificultá-la, ao interferir com a concentração e a atenção, porque a atenção é um requisito fundamental para o processo de aprendizagem, devendo ser selectiva e contínua, ou seja, orientada para um estímulo relevante e manter-se nele por um período de tempo alargado. Acontece, porém, que a atenção de uma criança hiperactiva dispersa-se com muita facilidade, perdendo-se em estímulos irrelevantes.
A DDAH é considerada uma perturbação com uma relação estreita com o meio. As expectativas e exigências do meio têm um impacto directo nas dificuldades que essas crianças sentem.
Assim, os problemas tendem a agravar-se onde se espera que a criança seja mais vista que ouvida, onde se requer que ela preste atenção e exiba um comportamento calmo. E a escola é um desses ambientes, daí que os professores sejam os primeiros a queixar-se do comportamento das crianças hiperactivas. Mais do que a família, são eles que se apercebem da desordem.

NA ESCOLA E EM CASA, OS MESMOS PROBLEMAS

Para que os comportamentos impulsivos possam ser associados à hiperactividade, é preciso que se manifestem nos vários meios em que a criança se move: em casa e na escola.
Assim, a uma criança que se mostre demasiado irrequieta, distraída e faladora nas aulas, mas que consiga relacionar-se normalmente em casa e noutras situações, não se pode diagnosticar uma perturbação por défice de atenção e hiperactividade.
Além da própria criança, pais e professores são os mais afectados e, a prazo, a própria sociedade. Para os pequenos terroristas, o maior impacto da hiperactividade é o facto de, frequentemente, serem rejeitados pelos colegas. Associadas às dificuldades escolares, as de relacionamento social podem ter consequências graves, havendo estudos que mostram uma elevada incidência de acidentes com este grupo de crianças.
Para a família, a hiperactividade caminha a par da impotência e do desânimo. Os pais sentem-se perdidos, sem saber o que fazer. Nada resulta e os métodos habituais de disciplina, como a argumentação, a repreensão ou mesmo os castigos, não surtem efeito.
A frustração empurra-os, muitas vezes, para métodos mais desesperados, mas gritar ou bater também não adianta. No final, para os pais sobra um sentimento de culpa desnecessário, mas real.
Pais informados lidam melhor com a situação, porque há técnicas a que podem recorrer para modificar o comportamento destas crianças. A do intervalo, dizem os especialistas, tem o efeito de acalmar a criança quando ela está fora de controlo, incapaz de obedecer. Sentá-la num local sossegado e deixá-la sozinha durante alguns instantes costuma ser benéfico. Do mesmo modo, é importante que os pais valorizem os comportamentos positivos, elogiando-os. O sistema de recompensas e castigos, segundo o qual se encorajam os comportamentos correctos e desencorajam os incorrectos, recompensando ou castigando a criança em conformidade com o resultado obtido, também costuma resultar.
A escola também pode ajudar. Perante uma criança hiperactiva, o professor pode incentivá-la a adaptar-se às regras de conduta da sala, adoptando pequenas estratégias que a centram na tarefa de aprender.
Sentá-la mais perto do quadro, afastando-a de focos de dispersão da atenção, é uma delas. Dar-lhe mais algum tempo para fazer os testes, incutindo-lhes o sentimento de que tem mais uma oportunidade para mostrar o que sabe, é um desses pequenos truques.
É claro que quando a intervenção de pais e professores não parece dar frutos, há sempre o auxílio profissional de um pedopsiquiatra ou de um psicólogo clínico. Terapia comportamental e medicamentosa pode ser a solução. Actuando sobre os neurotransmissores do cérebro, regulam a actividade motora, aumentam a atenção, reduzem a impulsividade e a eventual agressividade e produzem uma melhoria significativa naquilo que mais preocupa pais e professores - o rendimento escolar.
O que pais e professores não devem é perder tempo a procurar as causas, mas sim direccionar energias para medidas que minimizem o impacto desta desordem na vida das crianças.

Elisabete Lemos

quarta-feira, 17 de março de 2010

Patrocínios para a Semana das Línguas

O Departamento de Línguas e a Biblioteca tiveram o patrocínio das seguintes empresas de Mões:

AutoMões

MotoArt

Pastelaria Simões

Florista S. Pedro

Casa Capela Mões

Minimercado Pingo Novo

Farmácia Costa